Procedimentos faciais com LINE SKIN: riscos, técnica e o que todo paciente precisa saber

Recentemente circulou o caso de uma paciente que desenvolveu cicatrizes no rosto após um procedimento feito com outra profissional. Esse episódio levantou debates importantes sobre a forma correta de realizar técnicas que utilizam substâncias como ácidos/peelings.

A diferença na técnica importa muito.

O que foi feito nessa paciente é bem diferente do método que utilizo na Clínica Goud. No caso dela, o procedimento foi feito em todo o rosto de uma vez — algo que aumenta significativamente os riscos. Já no método Line Skin, a aplicação é setorizada, ou seja, cada região do rosto é tratada separadamente (primeiro as maçãs, depois a região dos olhos, testa, etc.). Isso permite observar como a pele reage em cada área e intervir rapidamente caso haja uma complicação, reduzindo a gravidade de possíveis intercorrências.

Quais são os principais riscos?

Nenhum procedimento estético é isento de riscos, seja ele minimamente invasivo ou não. Entre os riscos mais preocupantes estão:

• Hiperpigmentação pós-inflamatória: manchas que podem surgir devido à reação inflamatória natural da pele. Nem todo paciente desenvolve, mas pode acontecer, principalmente em peles mais pigmentadas.

• Cicatrizes hipertróficas: quando o processo de cicatrização é exacerbado ou desorganizado, resultando em marcas permanentes.

  
  

Por isso, na minha clínica, todo paciente recebe antes da decisão final uma explicação completa sobre os riscos. Eu mostro cada ponto do termo de consentimento, destaco o que é mais importante e esclareço dúvidas. Faço questão de investir até duas horas só nessa conversa, justamente para que a escolha seja consciente. O valor para tratar complicações como manchas ou cicatrizes não está incluído no procedimento, porque nem todo paciente terá esse problema — mas caso ocorra, existe um protocolo à parte.

A importância do acompanhamento e do profissional certo

Outro ponto crítico é o pós-procedimento. O acompanhamento adequado é fundamental para identificar precocemente qualquer intercorrência e iniciar o tratamento rapidamente, o que aumenta as chances de reverter o problema. Muitos profissionais conseguem conduzir pacientes de outros estados com orientações à distância, mas em procedimentos de maior risco, é sempre mais seguro ter um suporte local.

Além disso, antes mesmo de aprender o procedimento em si, quem se especializa em harmonização facial ou peelings aprende primeiro sobre complicações — justamente porque são elas que determinam o quanto o profissional está preparado. Isso serve como um filtro natural: quem não está disposto a lidar com riscos acaba desistindo.

O recado para os pacientes

Manchas, cicatrizes, reações inflamatórias — tudo isso pode ocorrer. E está tudo bem, desde que você seja bem informado e esteja preparado para o tratamento, caso necessário. Os melanócitos estão vivos (rs...) e podem reagir, especialmente em peles mais propensas à pigmentação.

Por isso, escolha profissionais por indicações confiáveis, acompanhe o trabalho deles ao longo do tempo, cheque se possuem CRO ou CRM ativo e válido, e desconfie de preços muito baixos ou de quem só mostra “antes e depois” sem explicar o caminho, os riscos e as etapas.

✅ Conclusão:

Cada paciente tem um organismo único e resultados diferentes, mesmo com técnicas seguras e profissionais experientes. O importante é entender que procedimentos estéticos vão além da estética: exigem responsabilidade, planejamento e um profissional habilitado para conduzir o tratamento e eventuais complicações.

ANTES E DEPOIS DO MÉTODO LINE SKIN REALIZADO EM REGIÃO DE OLHEIRAS:

OBS: o vermelho (eritema) faz parte do processo de cicatrização e sai com o tempo.

ASSISTA AO VÍDEO:

@dra.karenrosa especialista em Harmonização Orofacial