Lifting sem cirurgia: mito ou realidade?

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Line Skin @dra.karenrosa

O Porquê falar

Não é a primeira, nem a segunda vez que vejo promessas de “lifting sem cirurgia” associadas a equipamentos, bioestimuladores de colágeno ou peelings.

Vamos alinhar expectativas:

• O único peeling que, de fato, promove retração de pele a ponto de lembrar um lifting é o peeling de fenol.

• O LineSkin, protocolo que utilizo, também retrai, porém em menor intensidade. Quando os pacientes perguntam, costumo dizer que ele resolve cerca de 70% a 80% da flacidez, principalmente de pálpebra. Em flacidez global de face, o resultado é mais limitado.

  
  

“Lifting sem corte”?

Desconfie. É possível obter um efeito lifting (entenda: melhora de firmeza, contorno e qualidade da pele) sem cirurgia, mas raramente com um único tratamento. O termo “lifting” confunde, porque o paciente pensa no lifting cirúrgico, que é outra proposta. Na prática clínica, o que funciona é a associação de procedimentos.

na vida real

Tenho um exemplo próximo: minha mãe (Veja o vídeo). Ela foi avaliada por um cirurgião plástico para cirurgia de pescoço e face. A conclusão? A cirurgia integral seria difícil naquele momento porque o rosto estava firme — resultado dos procedimentos que eu já havia feito. O investimento não chegou ao valor de uma cirurgia bem feita, mas não foi baixo. E o resultado veio de um conjunto de técnicas:

• Peeling global de ATA (um dos primeiros passos)

• Peeling de fenol global em baixa concentração + aplicação localizada em pálpebras

• Bioestimulador de colágeno (usei Radiesse para firmeza)

• Preenchedores faciais (ácido hialurônico) para contorno

• Fios de PDO, quando indicado

As queixas principais (olheiras, sulcos nasogenianos, marionete, jowls) melhoraram com essa estratégia combinada.

Manutenção: a “academia da face”

Um procedimento isolado não interrompe o envelhecimento. Sem manutenção, o resultado regride e vem a frustração. Eu sempre repito: harmonização é a academia da face. Não dá para treinar uma vez e esperar resultado eterno.

• Toxina botulínica (Botox) é preventiva: suaviza rugas dinâmicas e previne novas marcas. Em geral, 3–4 vezes/ano (depende do caso).

• Lasers/peelings: planejar ciclos ao longo do ano.

• Flacidez não se trata com preenchimento. Preenchimento dá suporte e contorno, mas não substitui terapias de firmeza.

  
  

Homens x mulheres

Em média, a pele masculina é mais firme. Grandes volumes de hialurônico para contorno costumam ter menor risco de “peso” do que em mulheres. A pele feminina sofre influência hormonal, tende a ser mais flácida e exige cautela: quase sempre combinação de técnicas (bioestímulo, energia, peelings) antes de contornar.

“Ataque” x manutenção

Há pacientes que chegam com a pele muito danificada/craquelada. Esses casos pedem um protocolo de ataque (tratamentos mais intensivos para “zerar” a pele) e, a partir daí, entra a manutenção. Exemplo: uma paciente com muitas rugas; após o primeiro ciclo (ataque), definimos o plano de manutenção. No caso dela, utilizei LineSkin no ciclo principal e, depois, outros procedimentos ao longo do tempo para sustentar o ganho.

promessas milagrosas

“Lifting sem cirurgia com um procedimento só” é, na prática, muito improvável. Os melhores resultados vêm de planejamento + associação + manutenção, respeitando indicação e limites de cada técnica.

Priorize vocÊ: autocuidado

Alguns pacientes me dizem: “Este valor mensal é para eu me cuidar”. Muitas mulheres deixam a si mesmas em segundo plano por anos; quando percebem, já se sentem mal com a própria imagem. Nunca é tarde para recomeçar — planejamento e constância fazem diferença.

Conclusão

• Não existe milagre em uma sessão.

• Existe processo: diagnóstico, associação de técnicas e manutenção.

• Resultados naturais e duradouros acontecem quando a expectativa está alinhada com a realidade clínica.

  
  

  Harmonização não é um milagre: é um processo contínuo de cuidado — a verdadeira academia da face.

@dra.Karenrosa Especialista em Harmonização Facial na @clinicagoud