e está tudo bem
Olá! Hoje trago um caso muito interessante de uma paciente que chegou à clínica por indicação da filha, que já é nossa paciente. Sua mãe tinha várias queixas estéticas — pálpebras caídas, papada, flacidez facial — e desejava melhorar sua aparência, mas com receios em relação à cirurgia. Esse é o típico caso em que o desejo não corresponde ao que é possível alcançar sem intervenção cirúrgica.
Avaliação detalhada e conduta ética
Antes de qualquer procedimento, fizemos uma consulta completa. Ela já havia considerado, por exemplo, a colocação de fios de tração, mas após avaliação, vimos que o caso dela não se beneficiaria dessa técnica. Aqui na clínica, temos um princípio básico: cada tratamento precisa ser bem indicado — nem tudo é para todos.
Região dos olhos: cirurgia sim, mas com cautela
A paciente apresentava flacidez importante nas pálpebras superiores, já comprometendo até a visão. Nesse caso, o mais indicado é a blefaroplastia cirúrgica superior, e é isso que ela vai fazer.
Já na pálpebra inferior, optamos por um procedimento não cirúrgico — o Line Skin, que ajuda a suavizar rugas com menos risco de complicações como o ectrópio, uma deformidade possível em cirurgias mal indicadas nessa região.
Papada e terço inferior: cirurgia seria o ideal
Na região da papada, com flacidez predominante e pouca gordura, nem a lipo de papada foi indicada. O tratamento ideal seria uma cirurgia como cervicoplastia ou deep neck, que traria um resultado muito superior — mas a paciente não se sente pronta para esse tipo de intervenção.
Opções possíveis dentro das limitações
Como alternativa, propomos:
Compactação de gordura facial com Ultraformer, já que o rosto é cheio e a pele ainda tem boa firmeza.
Fios de PDO após estímulo adequado de colágeno, com a ressalva de que o efeito é leve e não substitui lifting.
Evitamos ácido hialurônico em excesso ou bioestimuladores injetáveis, pois o volume adicional agravaria a queixa da paciente.
O que importa: transparência e indicação correta
É comum vermos pacientes sendo submetidos a procedimentos só porque “é o caso no qual o profissional costuma trabalhar”. Aqui, se o caso exige cirurgia e o paciente não a deseja, deixo claro que os resultados serão limitados. O importante é a conduta ética, o respeito à individualidade e o cuidado de alinhar expectativas.
“Mas esses procedimentos são ruins?” De forma alguma. Eles são excelentes! — quando bem indicados.📌 Fica o aprendizado: nenhum procedimento estético é milagroso. A chave está na avaliação correta, na indicação precisa e na sinceridade com o paciente.
@dra.karenrosa
Especialista em Harmonização Facial